terça-feira, 22 de maio de 2007


Sarney recomenda saída de Silas Rondeau.

MAS ELE TEM MEDO DE QUÊ? COMO EXPLICAR


ESSA DECISÃO? “QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME”.
*Por Isaias Rocha Almeida

A pergunta que não quer calar! Porque o senador José Sarney, principal padrinho político de Silas Rondeau, recomendou que ele deixasse a pasta do Ministério de Minas e Energia imediatamente? Não era José Reinaldo o tido como criminoso? E agora? Outra dúvida por que o Amapá não aparece na listas dos estados com supostas investigações? Acho que o começo da novela “NAVALHA” começa a ter novos personagens com atores já bastante conhecidos no País. Para entender a decisão do Senador vamos usar dicionário. Segundo o Aurélio, medo é um “sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça”. Bem descrito, mas essa definição não fornece pistas sobre o que fazer com o medo. Vamos ver algumas percepções mais práticas. Antes de tudo, o que faz com que uma pessoa consiga sentir medo? Suponha que você está aí tranqüilo ou tranqüila, olha para o lado e vê um leão olhando para você cheio de dentes e babando. Você sentirá medo, certo? Mas medo de quê? Certamente de ser devorado e de morrer, uma projeção de futuro, próximo, mas futuro, já que ainda não aconteceu. Agora considere um político que tenha planejado uma suposta investigação e insinuou seus adversários em esquema de quadrilha, mas as coisas saíram totalmente diferentes e tudo está se esclarecendo; em certas situações, ele sente medo de cair. No caso, do senador ele ver o cerco se fechando e tudo que pensou ou planejou está acontecendo ao inverso. E agora? A decisão e tentar convencer o seu afilhado político do Ministério de Minas e Energia a deixar o cargo antes que o feitiço que seria para atingir seus contrários sirva como arma de suicídio. Em outras palavras, antes que o feitiço vire contra o feiticeiro. A verdade é uma só a permanência de Rondeau no governo manteria o foco do noticiário sobre seus padrinhos políticos - José Sarney e Renan Calheiros -, do Maranhão e Alagoas, respectivamente, Estados onde a presença da empresa Gautama e de Zuleido Veras é mais intensa. Habitualmente, quando o investigado se afasta do cargo, é reduzida a pressão sobre ele e seus aliados políticos. A fidelidade política de Rondeau à família Sarney é tão grande que no ano passado, durante a campanha eleitoral, ele veio ao Maranhão para inaugurar obras do programa Luz para Todos e cogitou ser acompanhado apenas da família Sarney, evitando a presença do então governador José Reinaldo Tavares (PSB), aliado de Lula, mas, na ocasião, o principal adversário dos Sarney no Maranhão. Mas foi demovido por assessores do presidente Lula que tomaram a iniciativa de convidar Reinaldo para a inauguração. A situação começa a esquentar também no estado do Amapá onde já foram denunciadas diversas irregularidade em obras conveniadas com a empresa Gautama e o governo de Waldez Góes aliado de José Sarney naquele estado. No primeiro instante, os aliados do Ministro Silas Rondeau avaliaram que o ideal seria ele se afastar do cargo, enquanto durassem as investigações.
- Se ficar parado, ele será triturado pela imprensa; se pedir demissão, não voltará ao cargo. O melhor, então, seria solução Hargreaves (que se afastou da Casa Civil no governo Itamar Franco durante o período de investigação e depois ao cargo) - disse um aliado de José Sarney, traduzindo a primeira avaliação dos aliados políticos de Rondeau. A situação evoluiu para a sugestão de que ele se afaste do cargo. Por pressão o Ministro deverá deixar o cargo ainda nesta terça-feira.
Como observamos os casos da operação “navalha” a estratégia do Senador e tentar colocar água na fogueira uma vez que o fogo começou a atingir pessoas próximas a sua imagem. Esperamos essa operação siga enfrente e coloque atrás das grades pessoas seje elas: Senadores, Governadores, enfim que o STF (Supremo Tribunal Federal) entre nas investigações e veja quem são os responsáveis e punem de acordo com a legislação em vigor, pois quem não deve, não tem nada a temer.
da Folha do Amapá
*Colunista do Portal zill.

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