segunda-feira, 4 de junho de 2007

se ficarmos assim..aí a coisa complica.


Mais do Coronel Sarney...


Sob a ira dos coronéis

POR LEANDRO FORTES
Data: 03/04/2006 Fonte: Carta Capital - Internet
NO ESCURO Premiado por defender os direitos humanos, o juiz Luís Jorge Silva Moreno quis levar luz elétrica aos grotões do Maranhão. Foi afastado por uma rápida orquestraçãoAs festas juninas ainda estão longe, mas o arraial do município maranhense de Santa Quitéria, a 350 quilômetros da capital, São Luís, armarva-se em festa, na semana passada, para receber, na sexta-feira 31, um herói local da resistência. Em Brasília, dez dias antes, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia concedido uma medida liminar obrigando o Tribunal de justiça do Maranhão a reintegrar à comarca de Santa Quitéria o juiz Luís Jorge Silva Moreno. Afastado do cargo dois meses antes, o magistrado havia sido punido por ter tido a suprema ousadia de bater de frente com os interesses de políticos ligados ao clã do senador José Sarney (PMDB).A história do juiz Jorge Moreno é um pequeno retrato de como as elites nacionais reagem com quem mexe em seus currais eleitorais. Juiz titular da comarca de Santa Quitéria, Moreno recebeu, em 2004, um prêmio da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da ONU, por ter comandado a erradicação - único caso no Brasil - do subregistro civil de certidões de nascimento no município onde trabalha. A ação, no entanto, desagradou aos políticos do grupo de Sarney e aliados da oligarquia local, a ponto de se ter iniciado uma campanha persecutória que culminou com o afastamento do magistrado pelos desembargadores do Tribunal de justiça do Estado. "A emissão de certidão de nascimento sempre foi uma moeda de troca nas eleições", denuncia Moreno.O pecado capital de Jorge Moreno, em princípio, foi o de garantir certidão de nascimento para os brasileiros de Santa Quitéria (30 mil almas no Semi-Árido maranhense, onde 12% não tinham registro civil algum). Mas ele também ousou colocar a mão em uma cumbuca de 300 milhões de reais destinados ao Maranhão pelo programa Luz para Todos, do governo federal. Ao assumir o cargo de juiz do município, em 2004, uma das primeiras providências do magistrado foi a de dar andamento a uma ação civil pública do Ministério Público Estadual contra a Companhia Energética do Maranhão (Cerrar), logo depois de sua privatização. O MP acusou a empresa de prestar maus serviços ao contribuinte local. Apenas em multas, a Cerrar devia 12 milhões de reais.Para resolver o problema, o juiz Jorge Moreno fechou um acordo, em 2005, que incluía uma obra de ajuste em todo o sistema de fornecimento de energia elétrica de forma a garantir a participação de Santa Quitéria no programa Luz para Todos, junto com outras 20 comunidades da região. Foi quando o Tribunal de justiça agiu pela primeira vez: suspendeu a multa da Cerrar no meio das negociações. Mas não houve prejuízo, porque o acordo já estava feito. O magistrado, então, estabeleceu um cronograma de cadastramento. A int romissão iria lhe custar caro.Em 29 de janeiro de 2005, ele foi convidado pelo então coordenador nacional do programa, João Ramiz, para participar da inauguração da rede elétrica, dentro do Luz para Todos, no distrito de Lagoa Seca, próximo a Santa Quitéria. Chamado a discursar, lembrou que as prioridades do programa deveriam ser determinadas pelos conselhos comunitários, e não por políticos, haja vista que 68% das residências da região não terem energia, até então. Lembrou, ainda, que no Maranhão há 300 mil famílias (1,5 milhão de pessoas) sem luz elétrica, em pleno século XXI.Além disso, 10 mil escolas maranhenses funcionam sem energia, como se ainda estivessem na Idade Média. "Isso bastou para que alegassem que eu tinha exacerbado as minhas funções"; disse.De fato, o programa Luz para Todos (orçamento de 2,6 bilhões de reais para 2006) está totalmente controlado pelo senador José Sarney. De sua bolsa de aliados do Maranhão ele indicou o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, o diretor nacional do programa, José Ribamar Lobato Santana, e o coordenador estadual maranhense, Luiz Adriel Vieira Neto. "Por causa disso, quem está fazendo as inaugurações do Luz para Todos no estado é o PFL", reclama o juiz Jorge Moreno. No Maranhão, o PFL é controlado pela senadora Roseana Sarney, filha do senador.Em seguida ao discurso do juiz, orquestrou-se, então, uma série rápida de ações. O deputado estadual Max Barros, do PFL, entrou com uma ação disciplinar contra o magistrado no TJ. O relator do caso foi o desembargador Milhão Vasconcelos Gomes, sogro de outro desembargador, Jamil Gedeon Neto, indicado por Roseana Sarney. Contou com a ajuda e o entusiasmo da desembargadora Nelma Sarney, casada com Ronaldo Sarney, irmão do senador. Max Barros, autor da ação, foi secretário de governo de Roseana.Na votação em plenário, o juiz perdeu por 7 a 6. Na liminar concedida pelo CNJ, o relator do processo, conselheiro Eduardo Lorenzoni, conclui que o afastamento de Jorge Moreno foi ilegal. Isso porque a Constituição estabelece que as decisões administrativas dos tribunais devem acontecer em sessão pública, e as punições só podem ser aplicadas pelo voto da maioria absoluta dos membros da corte. Moreno, além de ter sido afastado de forma irregular, nem sequer foi notificado oficialmente do ato. Um dia, foi trabalhar e tinha uma juíza substituta em seu lugar.Por dois meses, o juiz Jorge Moreno ficou em São Luís, inativo e deprimido, por motivo de segurança. Temia represálias físicas se voltasse para Santa Quitéria. O nome do município, inclusive, tornou-se uma categoria dentro das premiações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, em homenagem à façanha do juiz no caso dos sub-registros de nascimentos. Ele conta com o apoio de diversas entidades ligadas a movimentos sociais, como a Comissão Pastoral da Terra, além de representantes de programas de proteção a defensores de direitos humanos.Ex-militante estudantil e ex-advogado do Centro de Defesa Padre Marcos Passerini, entidade de defesa de direitos humanos no Maranhão, o juiz Jorge Moreno diz nunca ter sido do PT - outro pecado do qual foi acusado pelos aliados de Sarney. Quando começou o processo administrativo que resultou em seu afastamento, percebeu que seria obrigado a deixar Santa Quitéria: os funcionários públicos locais, inclusive o delegado, deixaram, simplesmente, de cumprir as ordens judiciais dele emanadas. Ele conta com o apoio do governador José Reinaldo, neo-inimigo dos Sarney, sobretudo no que diz respeito à aplicação dos recursos do Luz para Todos no estado.Procurado por CartaCapital na terça-feira 28, o diretor nacional do Programa Luz para Todos, José Ribamar Lobato Santana, primeiro dispôs-se a falar sobre o assunto com a revista. Ao consultar o ministro Silas Rondeau sobre o teor da entrevista, voltou atrás. No dia seguinte, no entanto, mudou de posição. Por telefone, garantiu só "ter ouvido falar" do juiz Jorge Moreno. O magistrado, segundo ele, jamais encaminhou qualquer reclamação formal ao programa. Santana garante que as execuções das ligações de energia no Maranhão - 51.668 de 2004 até hoje - não foram feitas a partir de critérios técnicos, mas por orientação do comitê gestor estadual. O que é verdade. Assim como é verdade que o tal comitê, formado por nove membros, é majoritariamente dominado por pessoas indicadas pelos aliados de José Sarney.José Ribamar Santana garante que não é filiado a partido algum, mas foi candidato a prefeito, nos anos 80, no município de São José de Ribamar. Na época, era filiado ao Partido Social Liberal (PSL), sigla nanica que gravitava em torno do entourage sarneysista no Maranhão. Ele é técnico da Eletronorte há 20 anos. O diretor do programa Luz para Todos admite freqüentar as inaugurações das obras no estado, mas afirma fazer isso em todo o País. "No Maranhão, como nos outros estados, é tudo feito da forma mais transparente possível", diz.
PECADO POLÍTICO Ao erradicar o sub-registro civil de certidões de nascimento ern Santa Quitéria, o magistrado tirou uma moeda de troca das mãos dos poderosos
APAGÃO Depois de o juiz desafiar a oligarquia local, as suas decisões deixaram de ser cumpridas pelos funcionários públicos locais, inclusive o delegado.

segunda-feira, 28 de maio de 2007








isto é muito importante,é apenas um resumo de todas as matérias que estão saindo,entre jornais e revistas.

Um dia ,nos livraremos ,por completo, desse mal.E quando esse tempo chegar...há, há, há...nos aguarde, Senhor Sarney...Por enquanto vai rindo...vai rindo...vai rindo.

OPERAÇÃO NAVALHA — 2


Cobertura sob o império do off
Por Alberto Dines em 25/5/2007

Sobre comentário para o programa radiofônico do OI, 25/5/2007


Na quinta-feira (24/5) completou-se a primeira semana da Operação Navalha. As primeiras informações pela internet apareceram na quinta (17), os jornais impressos entraram no dia seguinte. Já há material, portanto, para um balanço preliminar da cobertura.
Primeira constatação: os telejornais não dão conta da massa de novas informações, nem conseguem costurar as referências antigas. Não adianta: a televisão é um meio veloz e a nossa TV ainda é mais ligeira do que a de outros países.
Segunda constatação: os jornais não conseguem se desvencilhar das rotinas e formatos habituais. Destacam os fatos novos, é verdade, mas estão engessados, incapazes de sacudir os leitores com soluções impactantes à altura do fato.


Terceira constatação, esta mais grave. Uma operação policial dessa envergadura, com desdobramentos políticos imprevisíveis, exige total visibilidade da fonte das informações. A mídia está aceitando a consagração do vício do off, a notícia transpirada, sem fonte assumida. Errado. A Polícia Federal precisa se habituar aos briefings diários – a transparência é fundamental.


Compreende-se que o diretor da PF, Paulo Lacerda, não queira aparecer. Mas será que a mais importante e mais poderosa instituição policial do país não consegue contratar um policial categorizado para funcionar como comunicador formal?


Uma polícia judiciária não pode depender de canais informais, nem contratar assessorias terceirizadas, e se o sigilo do processo impede uma comunicação direta é melhor esperar pelos indiciamentos. Foi justamente esta "informalidade" no caso do Dossiê Vedoin, em setembro do ano passado, a responsável pela crise que abalou as relações do governo com a mídia.
Jornais e jornalistas deveriam ser os primeiros a recusar este tipo de relação e a Polícia Federal só poderia agradecer.

Operação navalha 2

O escândalo e a ação entre amigos
Por Alberto Dines em 24/5/2007
Comentário para o programa radiofônico do OI, 24/5/2007


No Jornal Nacional de quarta-feira (23/5), o estado de Alagoas foi apresentado com o foco do escândalo revelado pela Operação Navalha. Errado: com base num levantamento do jornal O Estado de S.Paulo, Alagoas tem cinco suspeitos formais, embora o governador Teotônio Villela esteja numa situação muito desconfortável.

Colado com Alagoas está Sergipe com quatro suspeitos formais e mais o atual governador, também encalacrado. Mas quem ganha disparado, verdadeira goleada em matéria de suspeição, são os políticos maranhenses: são nove suspeitos, sendo um ex-governador, mais o atual governador e o ministro que já se foi.

Acontece que o dono da política maranhense nos últimos 40 anos é o ex-presidente da República, José Sarney, padrinho assumido do ex-ministro Silas Rondeau e o primeiro, diga-se, a puxar o seu tapete.
É preciso não esquecer também que a série de flagrantes de formidáveis somas de dinheiro vivo feitos pela Polícia Federal começou no escritório da empresa Lunus, pertencente à filha e genro de Sarney, no início de 2002. Todos inocentados pela Justiça.

Pergunta-se: qual a poção mágica que usa o senador José Sarney para tornar-se invisível nas horas difíceis? Fácil descobrir: quando presidente da República, Sarney foi extremamente generoso com as grandes e médias empresas de mídia, eletrônicas e impressas. Como se não bastasse, Sarney pertence ao seleto clube de barões da mídia brasileira. E, como se sabe, aos amigos, tudo.

este sabe ..é um dos maiores jornalista do País!



OPERAÇÃO NAVALHA — 2 (A mídia e os homens de bem)
Por Alberto Dines em 27/5/2007

Publicado originalmente no Último Segundo, 25/5/2007

A capa da Veja (nº 2010, de 30/5/2007) sobre a vida privada do senador Renan Calheiros, apesar do espalhafato foi enquadrada em tons muito próximos do marrom. Não chega a ser tão perturbadora quanto o desabafo do presidente Lula ao classificar o ex-ministro Silas Rondeau como "homem de bem" e reconhecer que o demitiu para não ficar "sangrando até a última gota" (Folha de S.Paulo, 25/5, 1ª página).

Confissão inacreditável e intolerável vinda do Supremo Magistrado: se o ex-ministro é um homem de bem, jamais deveria ter sido sacrificado de forma quase fulminante para satisfazer a pressão dos sangradores.
Por que razão o generoso e solidário presidente Lula não manteve no cargo o ex-auxiliar? Esta formidável carga de compaixão e humanidade não poderia ter sido ligeiramente antecipada e energizada por mais algumas horas?
E, afinal, quem é o verdadeiro carrasco de Silas Rondeau – a Polícia Federal, órgão do governo? Ou a mídia, a eterna cabra expiatória das mazelas que aparecem no noticiário? Até prova em contrário, o verdugo deste homem de bem condenado injustamente é aquele que manda e desmanda, faz e desfaz, nomeia ou desnomeia.
Salvo-conduto
José Sarney é o vice-rei do Brasil, braço civil da ditadura, encarregado de acabar com o antigo MDB, agora manda-chuva no PMDB, ex-presidente da República, todo poderoso há mais de quatro décadas. Conterrâneo, amigo e padrinho do ministro defenestrado, o imortal senador foi o primeiro a aparecer no noticiário sugerindo a imediata substituição do afilhado. Ao contrário do presidente Lula, Sarney não foi tocado por algum sentimento nobre – simplesmente não quer respingos na imaculada biografia.
Seu último artigo (Folha, sexta 25/5, pág. 2), primoroso "mix" de tartufaria com instinto de sobrevivência, investe contra o ódio, a inveja e contra Brasília, segundo ele, a capital da antropofagia. Como se o endereço e sua base de operações não estivessem localizados no Planalto Central. Depois de entregar a cabeça do protegido aos leões, não muito diferente de Nero plangendo sua lira diante do incêndio de Roma, posa de filósofo sofrido diante das misérias da humanidade.


É preciso lembrar que a navalha da Polícia Federal cortou mais fundo no quintal preferido do clã Sarney. A Gautama tem sede na Bahia, opera em nove estados, mas no injustiçado Maranhão foi erigido o show room das suas perversões. Aquele território político é propicio para bandalheiras Além do atual governador, seu antecessor, parentes, um ministro e o respectivo padrinho, o recorde de suspeitos indicados pela Polícia Federal tem domicílio no estado.
Esta é uma estatística que não desperta a atenção da imprensa. Compreende-se: por intermédio do seu ministro das Comunicações, Antonio Carlos Magalhães, Sarney foi pródigo no atendimento aos pedidos de ajuda às empresas de mídia, médias ou grandes, eletrônicas e impressas. No país dos abraços, aos amigos, tudo. Graças a este poderoso salvo-conduto, Sarney consegue desenrascar-se de todas as encrencas.

Origem do dinheiro

A magia que empregou para safar sua filha Roseana e seu genro, Jorge Murad, do flagrante feito pela PF com a maior coleção de cédulas de 50 reais já exibida fora dos cofres do Banco Central é uma demonstração cabal da sua arte. A explicação para o saque de parte da sua poupança no Banco Santos, horas antes de decretada uma intervenção que prejudicou diversos fundos de pensão, é a quintessência de uma biografia onde a literatura funciona como gazua para a política.

A navalha da Polícia Federal, ao que tudo indica, está cortando as pústulas certas. Erra na forma de se comunicar, pois ao invés de informações transparentes oferece dados transpirados, mas é injusto colocar a nossa polícia judiciária sob suspeição num momento em que os tentáculos da corrupção começam finalmente a ser desbastados.
Homens de bem, os verdadeiros, deveriam exigir da PF um esclarecimento satisfatório sobre a origem do dinheiro que comprou o Dossiê Vedoin no ano passado. Enquanto não o fizerem, melhor calar-se sobre "excessos".

Aí tem coisa ...

Jornalísta da mirante admite que tem informações privilegiadas de investigação federal, vejam:

AGORA É A VEZ DA MANDALA
Há uma nova operação na Polícia Federal para investigar a relação de empreiteiras com os governos.O nome Mandala faz parte da operação. Algumas fontes dizem tratar-se do nome da construtora cabeça do esquema, outros que é o nome da operação.Jornalistas desinformados e amilhados no Palácio dos Leões, me ouviram falar do assunto, na semana passada, e trataram de espalhar, totalmente equivocados.Eles relacionaram Mandala a uma operação da Polícia Federal na Assembléia Legislativa. Nada a ver! Esta é outra operação, que está em banho-maria.A Mandala envolverá, assim como a Operação Navalha, figurões do Governo Federal e de governos estaduais. Dizem que há iscas armadas para peixes grandes em todo país.

A Mandala envolverá, assim como a Operação Navalha, figurões do Governo Federal e de governos estaduais. Dizem que há iscas armadas para peixes grandes em todo país.Só divulga informação, quem tem acesso a elas. E só forma opinião quem tem opinião. Não adianta inventar.O que é dito aqui, vem a público, mais cedo ou mais tarde.
Escrito por Marco Aurélio D'Eça em 28/05/07 12:20:55
http://www.marcosde ca.globolog. com.br/

Se eles pensam que vão dar um Golpe com tanta facilidade no Povo...
A mídia nacional não quer saber das defesas...
Jackson Lago: culpado até prova em contrário
(defesa do Governado Jackson Lago ,publicado no blog do Luis Nassif.)
http://luisnassif.blig.ig.com.br/

Na quarta-feira, 17 de maio, a operação navalha prendeu dois funcionários da Secretaria de Infra-estrutura do Maranhão, além do próprio secretário da pasta, Nei Bello. Também foram presos dois sobrinhos do governador Jackson Lago, acusados de terem recebido propina da construtora Gautama. No dia seguinte os jornais estampavam a seguinte versão dos fatos:

Jackson Lago estava sendo investigado pela Polícia Federal, acusado de ter recebido propina, por intermédio dos sobrinhos, em um hotel em Brasília onde estaria clandestino, tendo sido sua prisão pedida pelo Procurador da República, mas negada pela ministra Eliane Calmon graças a uma tecnicalidade jurídica, já que somente poderia ser preso em flagrante. Além disso, Lago teria beneficiado a construtora Gautama na construção da BR402, como atestam as pontes de concreto que ligam nada a coisa nenhuma, exibidas exaustivamente em fotos e nos telejornais. O governador teve como punição a indisponibilidade dos bens e saldos em conta corrente.
Esse é o enredo que, com algumas variações, vem sendo divulgado pela imprensa nacional. Vamos ver o que há de verdade, item por item:
Jackson Lago estava sendo investigado pela PF.
A Polícia Federal, quando resolveu deflagrar a “fase ostensiva” da investigação, que envolveria medidas de busca e apreensão e prisões, não incluiu o dr. Jackson Lago como alvo dessas investigações. As denúncias apresentadas baseiam-se em deduções a partir de gravações de terceiros, inexistindo uma única fala do próprio governador, ou testemunho de terceiros que confirme a denúncia apresentada pela autoridade policial. Não há referência nas transcrições das gravações, em nenhuma parte do processo, a qualquer pagamento feito a qualquer título ao governador do Estado do Maranhão.
O Procurador pediu a prisão do governador.
O Ministério Público Federal não pediu a prisão do dr. Jackson Lago, contrariando o que foi amplamente veiculado pela imprensa.
Também não houve contra ele qualquer pedido de bloqueio de bens ou saldos em contas correntes. E a ministra Eliane Calmon não determinou o bloqueio dos bens e dos saldos em contas correntes do governador Jackson Lago, como noticiou a imprensa.
O Ministério Público Federal, acatando representação da Polícia Federal, pediu a prisão de 47 pessoas, medidas de busca e apreensão nos seus endereços residenciais e profissionais e o bloqueio de seus bens e saldos em contas correntes. Nesse rol não está o nome do governador Jackson Lago.
Por certo, quando a ministra afirmou que deixava de decretar a prisão preventiva do governador Jackson Lago, por óbice previsto na Constituição do Estado do Maranhão, deu margem a conjecturas de que houvera pedido nesse sentido. MAS NÃO HOUVE NENHUM PEDIDO DE PRISÃO DO DR. JACKSON LAGO.

O governador estava clandestino em Brasília

Com documentos, o próprio hotel Kubitscheck Plaza, onde o governador sempre se hospeda, atestou a presença de Jackson Lago com registro normal e pagamento de fatura com cartão de crédito próprio. Acrescente-se que nesse dia o governador cumpriu extensa agenda de encontros, inclusive com o presidente da República, o presidente da Câmara e quatro ministros de Estado, tendo dado entrevista coletiva à imprensa à saída do Palácio da Alvorada, o que desqualifica por absurda a hipótese de estar clandestino na capital federal. Ainda assim o jornal Folha de S. Paulo (e antes O Globo) divulgou imagens obtidas pelas câmeras de segurança do hotel para provar a presença do governador, como se fosse um criminoso sorrateiro. E fez mais, informando tratar-se do mesmo hotel onde seus sobrinhos foram flagrados recebendo propina. Confrontado com os documentos, o jornal publicou um discreto “erramos”, em que afirma não tratar-se do mesmo hotel e informando que o governador “negou” estar clandestino. Ora, o governador comprovou não estar clandestino, com documentos reconhecidos em cartório!
Vale dizer que o governador representou ao ministro da Justiça, solicitando uma investigação na Polícia Federal para apurar crime de responsabilidade da autoridade policial que informou erroneamente sobre a clandestinidade do governador. Nenhum jornal noticiou esse fato.
O governador encontrou-se com seus sobrinhos no hotel.
Apesar de rastreado pelas câmeras de segurança do hotel, não há uma única imagem em que apareça qualquer dos dois sobrinhos acusados com o governador. Em uma “informação policial” redigida por dois agentes da Polícia Federal, atesta-se que desde as 20h30, pelo menos, os sobrinhos do dr. Jackson Lago estavam no Hotel Alvorada (que não é o mesmo Hotel Kubitschek, em que se hospedara o governador). Mesmo ciente dessa informação, a própria Polícia Federal afirma categórica e enfaticamente que, às 20h48, os sobrinhos estavam em companhia do dr. Jackson Lago no Hotel Kubitschek Plaza. O fato, pelo que atestam os próprios agentes da Polícia Federal, não pode ser verdadeiro. Também não há nos autos qualquer indicativo de que o governador seria beneficiário de alguma propina. As conclusões partem de equivocadas premissas feitas em um relatório policial. Para a imprensa, no entanto, são provas contra o governador.

O governador beneficiou a Gautama na BR402

O Ministério Público baseou-se na informação policial de que a licitação para as obras federais teriam sido dirigidas para beneficiar a Gautama. Na verdade o edital para essa obra foi lançado em setembro de 2006 e concluído em março deste ano. O edital foi comprado por 62 firmas e 21 empresas participaram. A Gautama foi desclassificada e a vencedora foi a construtora Sucesso, a mesma que construiu o trecho anterior, no governo de Roseana Sarney. Havia ainda a suspeita de que a construtora Queiroz Galvão estaria em conluio com a Gautama para fazer a obra. Ora, a Queiroz Galvão ficou em 17º lugar na concorrência.
O Estado construiu pontes inúteis no meio do mato
Na rodovia BR402, a Gautama construiu as quatro pontes que são o compromisso do Estado para o empreendimento da rodovia, conforme convênio com o Governo Federal, em fase de celebração. Essa rodovia é estratégica para o florescimento do principal roteiro turístico do Maranhão, e por isso foi objeto de protocolo de intenções entre os governadores do Maranhão, Piauí e Ceará.
A construção das pontes antes da rodovia é procedimento normal em obras desse tipo, por razões de custo e logística. Com esse método não há seccionamento no desenvolvimento da terraplenagem. Mas a TV Mirante, de propriedade da família Sarney, pautou matéria na TV Globo que teve ampla veiculação nacional. É estranho que uma emissora com a responsabilidade da TV Globo permita que uma emissora afiliada, comprometida politicamente, possa divulgar matéria sem ao menos ouvir o outro lado e as razões técnicas envolvidas.
O que a TV Mirante omite na matéria é que a única obra no Maranhão da Gautama, que está paralisada é a duplicação da adutora Italuís, contratada por 300 milhões durante o governo Roseana Sarney.
Segredo de justiça?

Quando foi deflagrada a operação navalha o governador cumpria agenda oficial em Brasília e viajaria para um congresso de governadores em Tucuman, na Argentina. Antes de embarcar, seus advogados tentaram obter acesso aos autos da investigação. Sem êxito, porque efetivamente o dr. Jackson Lago não consta formalmente como indiciado, nem houvera contra si qualquer medida restritiva de liberdade ou patrimonial. Ao voltar da Argentina, viu-se o governador alvo das mais sérias acusações pela imprensa, sem ter acesso aos autos que correm em segredo de justiça. Ao receber jornalista de O Estado de S. Paulo, para prestar esclarecimentos, este apresentou-lhe documentos que não estavam disponíveis para o público. E confirmou que o jornal dispunha dos três volumes dos autos em sua intranet. Ou seja: o acusado, governador Jackson Lago, não tinha acesso aos autos que o incriminavam e que a essa altura já eram de domínio da imprensa!
Imprensa ou juiz?
Durante três dias o governador Jackson Lago permaneceu em Brasília à disposição de todos os órgãos de imprensa. Nesse período deu várias entrevistas, apresentou documentos, não fugiu de nenhuma pergunta. O resultado foi uma ampliação das acusações, a reiteração da versão da polícia e o desconhecimento de qualquer contraponto, mesmo quando documentado.
Jackson Lago, em mais de 30 anos de vida pública, construiu imagem de homem sério, integro, decente. É político de convicções, sendo fundador histórico do PDT, nunca tendo mudado de partido. Em um estado onde políticos acumulam patrimônio, constroem impérios de comunicação, tornam-se sócios de grupos estrangeiros, o dr. Jackson Lago, tendo sido eleito três vezes prefeito de São Luís, acumula patrimônio de um apartamento, onde mora com a mulher, igualmente médica. É homem de bem, que nada tem a esconder, e está desejoso de que se sejam apuradas as responsabilidades de quem eventualmente tenha cometido algum ilícito, sejam funcionários públicos ou parentes. Registra, porém, a preocupação com os excessos cometidos pelos órgãos públicos contra os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos. Em um Estado Democrático de Direito deve-se garantir a todos, sem distinção, o direito de defesa, esclarecendo aos acusados exatamente do que são acusados.
fonte:
QUEM É LUIS NASSIF
Luis Nassif foi introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no país. É comentarista econômico da TV Cultura, membro do Conselho do Instituto de Estudos Avançados da USP, do Conselho de Economia da FIESP e do Conselho da Escola Livre de Música Tom Jobim. Vencedor do Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se em 2003 e 2005, em eleição direta da categoria

sábado, 26 de maio de 2007

Cê não tem noção.....de quem sáo Eles..


leiam que saiu em :
12/Março/2007 08:22.á tentaram dar o Golpe uma vez e não deu certo...


Desbaratado o "esquema" que acusa o governador Jackson. Sarney não descartou o envolvimento de seus aliados no caso.


Uma matéria da revista IstoÉ, publicada na edição que chegou ontem às bancas de São Luís, dá conta de que aliados do senador José Sarney (PMDB-AP) ainda não se conformaram com o resultado das eleições de 2006 e denuncia uma tentava de ligar o governador Jackson Lago a irregularidades, num movimento classificado pelo semanário como uma tentativa de "levar as eleições para um terceiro turno".


Segundo a matéria, o senador amapaense nega envolvimento direto na ação, mas não descarta a possibilidade de aliados seus estarem por detrás da iniciativa, mas o Ministério Público isenta Jackson Lago de envolvimento com o caso.A reportagem - que teve direito a chamada de capa e que tem o título "Baixaria no Maranhão" - trata de uma ação movida pelo Ministério Público Estadual, em Grajaú, para investigar desvio de recursos na Secretaria Estadual no período eleitoral que supostamente teriam sido usados para financiar campanhas políticas. A acusação é de que o recurso, cerca de R$ 714 mil, que seria destinado à Associação dos Moradores do Povoado do Tanque, foi desviado e teria sido empregado nas campanhas do governador Jackson Lago e dos deputados Sebastião Madeira e Rigo Teles.


A denúncia teria sido feita depois que quatro pessoas ligadas à associação - Lindomar Ribeiro de Carvalho, Bento Barbosa Martins, Joana Ribeiro e Maria do Socorro Mota Vilarins - prestaram depoimento extrajudicial em um cartório entre 6 e 7 de dezembro, ou seja após o período eleitoral e já se sabendo da derrota nas urnas de Roseana Sarney, então candidata pelo PFL. No entanto, o promotor responsável pelo caso, Juarez Medeiros Filho, afirmou que não foi encontrado qualquer indício de ligação entre o desvio e a candidatura de Jackson Lago e dos dois deputados.


"Com absoluta certeza, eles (as testemunhas ouvidas) não falaram de Jackson lago e de nenhum outro deputado para mim" afirmou o promotor.Além disso, a reportagem da revista IstoÉ, que é assinada pelos jornalistas Rudolfo Lago e Hugo Marques, esteve em Grajaú para conversar com as testemunhas ouvidas e pelo menos duas delas disseram que assinaram as declarações sem ler. "Se escreveram não fui eu que botei", disse Maria do Socorro.


Fonte: O IMPARCIAL

interessante..

http://www.youtube.com/watch?v=y5UNEsnxrEY


dêem uma olhada neste link...Uma declaração de Sarney afirmando que não ia ser liberado os recursos do Banco Mundial para o Maranhão...
é mole,ou aguenta mais?

sexta-feira, 25 de maio de 2007

All perderte


All perderte


Al perderte yo a ti

tu e yo emos perdido.

yo porque tu era

lo que yo mas amaba

e tu por que era

el que te amaba más.

pero de nosotros dos

tu perdes más que yo:

por que yo podré amar a otra

como te amaba a ti

pero a ti no te amabam

como te amaba yo



(Ernesto Cardenal)


É um cai cai, danado...

Operação Navalha derruba diretor do Luz para Todos
O Programa Luz para Todos seria um dos alvos do esquema de desvio de recursos de obras públicas investigado pela Operação Navalha. O favorecimento beneficiaria a empreiteira Gautama, cujo proprietário, Zuleido Veras, é encarado pela PF como pivô do esquema de fraudes.Ivo Costa foi posto em liberdade pela ministra Eliane Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), depois de prestar depoimento. A PF sustenta que foi ele quem recebeu, das mãos de Fátima Palmeira, diretora financeira da Gautama, o envelope com a propina que teria sido repassada a Silas Rondeau. No depoimento à Justiça, Ivo alegou que o envelope continha documentos, não dinheiro.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou o pedido de demissão de Rondeau, mas saiu em defesa o ex-ministro nesta quinta-feira. Lula disse que as acusações da PF contra Rondeau são frágeis. "Tirei do governo um homem de bem simplesmente porque não podia deixar ele sangrando até a última gota", argumentou.
Por Vermelho [25/5/2007] Fórum Uol

AÍ TEM COISA.....

Gilmar Mendes acusa Polícia Federal de "canalhice"

GABRIELA GUERREIRO da Folha Online, em Brasília
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes acusou na noite desta quarta-feira a Polícia Federal de agir com métodos "fascistas" na Operação Navalha.O ministro disse ser uma "canalhice" o vazamento de informações pela PF sobre inquérito que tramita em segredo de Justiça. Mendes responsabilizou o ministro Tarso Genro (Justiça) pelo vazamento de informações da Operação Navalha."É responsabilidade do ministro da Justiça responder por esses vazamentos. Eu disse hoje ao ministro Tarso que esse tipo de prática revela uma canalhice. Não podemos brincar com as pessoas sérias do país", criticou.Mendes se encontrou com Tarso ontem à noite na inauguração de uma exposição no STF sobre as constituições brasileiras --e disse ter feito seu desabafo diretamente ao ministro.Mendes afirmou que a PF vem fazendo "terrorismo com a democracia" ao divulgar informações sigilosas em conta-gotas. "É cinismo falar em segredo de Justiça nesse momento. Cínico é o quadro que vivemos no país. É uma lógica absolutamente totalitária. Então, rasguem a Constituição."O ministro disse que a PF --assim como o STF e a PGR (Procuradoria Geral da República)-- não pode repassar informações de processos que tramitam em segredo de Justiça. "É covardia. Eles usam uma arma desigual. Isso tem que ser revisto", defendeu.Mendes disse estar disposto a ingressar com representação contra a PF pelo vazamento de informações. Depois de fazer o desabafo a jornalistas, voltou atrás e afirmou que já tinha dado seu recado por meio da imprensa.ReaçãoO desabafo de Mendes foi motivado pela informação de que seu nome teria aparecido em uma suposta lista da PF entre os acusados de receber "mimos e brindes" da empresa Gautama --apontada como a coordenadora do esquema de fraudes em licitações públicas desmontado pela Operação Navalha.A assessoria do STF divulgou documento para comprovar que o Gilmar Mendes mencionado na suposta lista é um homônimo do ministro --que se chama Gilmar de Melo Mendes e seria engenheiro civil em Sergipe.A irritação de Mendes teve início ontem à tarde, quando o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, disse que a ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), está "mais informada" sobre Operação Navalha que Mendes.A ministra é responsável pelo inquérito da Operação Navalha no STJ, mas Mendes cuida de parte do caso no STF referente aos presos que têm foro privilegiado. O procurador disse que, por esse motivo, a ministra "tem mais condições de conhecer melhor os fatos, o que permite uma interpretação mais segura".Mendes reagiu e disse que "algumas pessoas deveriam freqüentar aulas elementares de Direito Constitucional para emitir opinião sobre algumas coisas".

Falta Pouco Irmão...


Fonte: Correio Brasiliense....


Denúncia contra Renan cria tensão no CongressoDa AE - BrasíliaA reportagem publicada pela revista Veja que acusa o presidente do Senado Renan Calheiros(PMDB-AL) de ter suas despesas pessoais financiadas pela construtora Mendes Júnior, representa um risco potencial à base política.Para o cientista político Rogério Schmitt, a crise acende um ´alerta amarelo´ no cenário político por ser ´a crise mais grave do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva´. Caso as denúncias da matéria assinada pelo jornalista Policarpo Júnior forem comprovadas, poderá levar o senador a perder o cargo e até mesmo o mandato. Por menos que isso, o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) renunciou à presidência do Senado e ao mandato quando foi acusado de ter violado o painel de votações eletrônicas sigilosas do Senado.


O cientista político não descarta que o senador Renan Calheiros sofra algum processo de afastamento do cargo, o que poderia ocorrer também por uma decisão voluntária, em função do escândalo envolvendo seu nome. No entanto, ele acredita que a resistência política de Calheiros deve ser elevada, pois é um dos principais líderes do PMDB, um partido grande e que deve apóia-lo. Segundo a revista, o lobista da empreiteira Cláudio Gontijo pagava até recentemente o aluguel de um apartamento em Brasília e a pensão de uma filha de 3 anos, que Renan teria com uma jornalista de Brasília, fora do casamento, no valor total de R$ 16.500,00 mensais. Além disso, a construtora manteria permanentemente à disposição do senador um flat em dos hotéis mais luxuosos da cidade, e teria ajudado financeiramente familiares seus e campanhas eleitorais. A denúncia contra o presidente do Senado pode ser avaliada como um desdobramento das investigações da Polícia Federal que resultaram na Operação Navalha. Segundo fontes do PMDB, o presidente do Senado já desconfiava que estava sendo espionado. Essas fontes dizem que a suspeita é de que a fonte da denúncia é a PF. Os desdobramentos da Operação Navalha, e agora a denúncia contra um dos mais importantes líderes do PMDB, estão desestabilizando a coalizão partidária montada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para garantir a estabilidade do segundo mandato. O ambiente político em Brasília é de insegurança e perplexidade.

um Já foi Citado, Falta o outro! hé, hé, hé, hé...

Tá chegando,Tá chegando!
Enquanto no Senado o clima é de cautela, na Câmara, os principais líderes demonstram constrangimento em dar declarações e falar abertamente sobre a denúncia de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria despesas pessoais custeadas por empreiteira. Além disso, há uma preocupação causada pela percepção de que o episódio desgasta ainda mais o Legislativo. O presidente do Senado preside, constitucionalmente, o Congresso Nacional.

A avaliação é que o eventual afastamento de Renan do cargo vai depender da pressão da mídia nos próximos dias, com cobranças e questionamentos sobre a posição do presidente do Senado.

Também é considerada fundamental para o futuro de Renan a reação dos parlamentares, tanto dos senadores quanto dos deputados. Se a autoridade de Renan for desafiada com discursos nos plenários, por exemplo, a permanência do senador no cargo poderá ficar insustentável, avaliam lideranças na Câmara. Essa temperatura parlamentar poderá ser melhor medida a partir de terça-feira, porque a denúncia encontrou o Congresso já esvaziado por causa do final de semana. Na avaliação de lideranças parlamentares, não partirá de Renan a iniciativa espontânea de se afastar da presidência do Senado, cargo para o qual foi eleito por duas vezes, ou seja, dependerá das pressões.

É Importante Ler Para Entender..


Para entender a Navalha e seus navalhas

José de Castro

Fonte: http://www.novae.inf.br
Proprietário de uma mansão avaliada em R$ 4,5 milhões e de uma lancha, a Clara, de 1,5 milhão de dólares, que faziam as delícias dele mesmo e de seus convidados -- ministros, governadores e parlamentares -- o dono da Construtora Gautama, Zuleido Soares Veras, só é diferente de muitos outros empreiteiros de obras públicas porque esticou muito a corda e foi com muita sede ao poço: acabou pego na semana passada pela Polícia Federal, na Operação Navalha.

Se a PF tivesse o hábito, no passado, sobretudo durante o regime militar pós-64, de fazer escutas telefônicas de donos e executivos de grandes construtoras, muito provavelmente Zuleido não entraria para a história como o primeiro empreiteiro preso no Brasil.
Enriquecimento rápido às custas do erário não é um fenômeno recente no país. Quando Juscelino Kubitschek construiu Brasília e tocou grandes obras rodoviárias e hidrelétricas, o Brasil pode ter avançado 50 anos em 5, conforme seu slogan, mas muitos amigos empreiteiros avançaram mais ainda. Foi nessa época que surgiram em Minas algumas grandes empreiteiras, como a Andrade Gutierrez e a Mendes Júnior.

A Cowan, por sua vez, é cria do regime militar. Seu proprietário, um mineiro de Montes Claros, construiu uma mansão na Pampulha, onde recepcionava nababescamente ministros e diretores de estatais, numa época em que o governo controlava 70% do Produto Interno Bruto e o Ministério Público e o Judiciário fechavam os olhos para crimes de colarinho-branco, o Tribunal de Contas da União e dos estados não passavam de ricos cabides de empregos para políticos aposentados e a imprensa era mantida à distância dos escândalos pela censura oficial ou pela autocensura, esta imposta pelos proprietários aos repórteres e editores.

Impunidade dos anões a Zuleido Foi nesse clima ameno, em que vicejava o ministro Delfim Netto e sua teoria de fazer o bolo crescer para depois distribuir, que nasceu na Bahia de Antônio Carlos Magalhães a OAS, uma construtora apelidada pelos adversários do poderoso governador e ministro das Comunicações de Organização dos Amigos do Sogro.

Com o fim do governo militar, o país atravessou uma fase de redemocratização, sob a batuta de um dos queridinhos da ditadura: José Sarney, que assumiu a Presidência da República no lugar de Tancredo Neves, do qual era vice na chapa vitoriosa em eleições indiretas. Tancredo morreu antes de tomar posse. Sarney empregou agentes federais até para laçar bois gordos nos pastos, mas manteve-os afastados dos criminosos de colarinho branco e dos corruptos e corruptores.

Apesar disso, alguns crimes vieram à tona, graças ao trabalho da imprensa ajudado por CPIs nas quais se destacavam deputados e senadores petistas na oposição ao governo Collor e Itamar Franco. Em 1993, descobriu-se que um grupo de 18 deputados -- os "anões do Orçamento" -- faturava com a apresentação de emendas parlamentares. Seis foram cassados, oito absolvidos e quatro renunciaram ao mandato, depois de detonados pela CPI, na qual a principal estrela foi a Construtora Odebrecht, da Bahia. Nem é preciso dizer que ninguém da empreiteira foi punido.
Foi na OAS que Zuleido aprendeu as manhas do ofício, como seu representante em Brasília. Saiu brigado em 1995 e fundou a Gautama, uma homenagem a Sidarta Gautama, o Buda. Esse paraibano que fez fortuna na Bahia e em Brasília acreditava no poder da religião para ganhar dinheiro, mas acreditava ainda mais nos políticos. Entre seus amigos estava o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Junior. No último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, a empresa de Zuleido esperava faturar R$ 250 milhões, ou três vezes mais que no ano anterior, quando já se firmava como uma das campeãs em obras públicas -- tocava 20 delas em dez estados -- e em irregularidades: nove haviam sido condenadas pelo TCU.

Governo Lula anda de lancha A farra com o dinheiro público continuou no governo Lula, mesmo porque muitos dos velhos amigos de Zuleido, como o alagoano Renan Calheiros, tornaram-se amigos de berço dos petistas no governo.

Em setembro do ano passado, véspera da reeleição do presidente da República e de vários governadores, os contratos da Gautama somavam R$ 483 milhões. Em muitos, foram constatados pelo TCU indícios de superfaturamento, transferência ilegal de contratos, aditivos acima dos limites previstos em lei e conluio entre empresas. Mas, em dezembro, Lula editou nova medida provisória, a MP 270, que abriu créditos extraordinários de R$ 825 milhões, e aproveitou para atender pedido encaminhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destinando R$ 70 milhões para as obras do sistema de abastecimento de água do rio Pratagy, em Maceió, obra tocada pela Gautama.

Uma semana antes de o dono ser preso com outras 44 pessoas (dois não chegaram a ser presos), a Gautama apresentou proposta para concorrer ao segundo trecho mais caro da transposição do Rio São Francisco, orçado em R$ 275,2 milhões. É uma das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Sua coordenadora, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, passeou pelas águas da Baía de Todos os Santos, em Salvador, no dia 25 de novembro do ano passado, no iate de Zuleido, ao lado do governador eleito da Bahia, o ex-ministro do Trabalho Jaques Wagner, do PT. A ministra diz agora que sabia apenas que o barco fora alugado por um assessor de Wagner, mas não sabia quem era o dono.

Ah, bom! Mas Zuleido, certamente, sabia quem eram Jaques Wagner e Dilma Rousseff. Clara, a lancha de Zuleido, também serviu a autoridades da prefeitura de Camaçari, na Bahia, num passeio pela Baía de Todos os Santos, em Salvador. O prefeito Luiz Caetano (PT) está na lista dos presos da PF.

Escutas, câmeras e um envelope sumido Numa das escutas telefônicas, a PF ficou sabendo do pagamento de R$ 20 mil ao deputado federal Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães. O deputado teria recebido o dinheiro pessoalmente de um empregado da Gautama, no início deste mês, em seu gabinete. Pelo visto, Zuleido já conseguira se reaproximar da família de ACM, da qual se afastara ao sair brigado da OAS.

Em outra escuta, revela-se que Zuleido comprometeu-se a pagar o aluguel de um avião usado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) no dia 4 de abril, para que ele fosse ao enterro do sogro em Barretos (SP). O aluguel custou R$ 24 mil. Hoje, Delcídio negou qualquer ligação com o empreiteiro e prometeu pagar o aluguel do próprio bolso. O senador foi o presidente da CPI dos Correios, que no ano passado trouxe muitos aborrecimentos para o governo Lula.

Segundo o Relatório da Polícia Federal, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, recebeu da Gautama, por meio de um assessor, Ivo Almeida Costa, a quantia de R$ 100 mil, uma vez que teria destinado recursos oriundos do PAC a convênios que beneficiavam a construtora de Zuleido.

Silas Rondeau nega, mas numa das escutas telefônicas Zuleido diz que esteve com Silas e com Ribamar Santana, coordenador nacional do Programa Luz Para todos. E há vídeos que mostram Fátima Palmeira, braço direito do empreiteiro, entrando no ministério das Minas e Energia no dia 13 de março passado, pelo elevador privativo, carregando um envelope de cor parda, dentro do qual, segundo a PF, havia R$ 100 mil. Ela desce no andar do gabinete do ministro e encontra Ivo Almeida Costa, preso desde a última quinta-feira. É levada para uma outra dependência não monitorada por câmeras. Nessa dependência ficam os gabinetes de Silas, de Ivo, de outro assessor e uma sala sem porta onde trabalham secretárias.

Meia hora depois, Fátima e Ivo reaparecem e este agora é quem carrega o envelope. Ivo se despede de Fátima e volta para a tal dependência não monitorada por câmeras, de onde sai mais tarde sem o envelope. Não se sabe onde ele ficou.
Colarinho branco termina em pizza Silas teve como padrinho o senador José Sarney (PMDB-AP).

O comando do ministério é dividido pelo PMDB com o PT, que nomeou o secretário-executivo. Sarney pode perder sua influência nesse importante ministério, e não fica só nisso. Um velho aliado na política do Maranhão, o ex-governador José Reinaldo Tavares, foi preso na Operação Navalha, dia 17 de maio. Ele foi solto três dias depois. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu habeas corpus em favor de Tavares e do presidente do Banco Regional de Brasília, Roberto Figueiredo. No dia 21, a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que havia autorizado as 47 prisões, ouviu em depoimento um dos presos, o assessor do ex-governador, Geraldo Magela Rocha. Depois do depoimento, ele foi liberado da prisão. O mesmo ocorreu com João Alves Neto, filho do ex-governador de Sergipe João Alves Filho.

Sarney teve pelo menos um momento de felicidade na Operação Navalha. Foi quando soube da prisão de Alexandre Maia Lago e Paulo Lago, sobrinhos do atual governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), seu inimigo político. Os dois são acusados de receber da Gautama R$ 240 mil em dinheiro. Seria uma recompensa pela aprovação, por Jackson, de pagamento de obras irregulares. O governador diz que não tem nada a ver com isso. Para ele, é meio difícil controlar os parentes, depois de ter nomeado, nos últimos quatro meses, nada menos do que 23 pessoas de sua família para o governo do Maranhão, entre elas dois irmãos, quatro sobrinhos, três primos e um genro. Nepotismo também é corrupção. A prisão do governador chegou a ser pedida pelo Ministério Público Federal, na Operação Navalha, mas foi negada pela ministra Eliana Calmon.

Nos últimos dias, viu-se uma intensa movimentação de advogados para conseguir habeas corpus. Somente na segunda-feira, deveriam ser decididos 20 pedidos. Até as 20h de hoje, dez dos presos já tinham sido soltos.


O próprio Zuleido não deverá ficar preso por muito tempo, se for condenado. A Polícia Federal e o Ministério Público vão oferecer-lhe o benefício da delação premiada, com redução de pena, em troca de informações que ajudem a desvendar toda a rede de corrupção investigada pela Operação Navalha.


Punir criminosos de colarinho-branco não é uma tarefa fácil. O Globo revela hoje que um relatório reservado da Divisão de Contra-Inteligência da Polícia Federal sobre a Operação Navalha acusa o vice-diretor da PF, Zulmar Pimentel, de vazar informações sigilosas e comprometer as investigações sobre o envolvimento de colegas de corporação com esquemas de contrabando e corrupção. Entre os investigados estavam o atual secretário de Segurança Pública da Bahia, Paulo Bezerra, e o superintendente da PF no Estado, César Nunes, além dos delegados João Batista Paiva Santana e Rubem Patury. Essa investigação, em que o nome do empreiteiro Zuleido Veras já aparecia, deu origem à Operação Navalha e por isso consta do relatório da PF.


No mesmo relatório encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, a Divisão de Contra-Inteligência acusa o juiz Durval Carneiro Neto, da 2ª Vara Federal da Bahia, de participar do vazamento de informações e, com isso, inviabilizar as investigações sobre corrupção de delegados em postos estratégicos da Polícia Federal.

Os crimes de colarinho-branco, tradicionalmente, contam com a colaboração de policiais, juízes, promotores de Justiça e, principalmente, de políticos. Policiais federais identificaram o nome de pelo menos 40 deputados nos arquivos apreendidos em escritórios da Gautama. Os nomes desses parlamentares estão registrados em pastas ao lado de emendas de interesse da Gautama e valores em dinheiro ou indicações de presentes. Na primeira fase da Operação Navalha, um desses deputados foi filmado recebendo uma mala que, de acordo com a polícia, continha dinheiro. O nome dele não foi revelado.


Por tudo isso, é tão difícil combater esses criminosos endinheirados... Como será difícil também criar a CPI da Gautema, como querem os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Augusto Carvalho (PPS-DF). De cada partido, há pelo menos um deputado ou senador citado nas escutas telefônicas da PF. O líder dos Democratas no Senado, senador José Agripino (RN), já avisou: é contra.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

E tem gente que ainda não crêr..fala sério


Gautama liberou verba para campanha de Roseana


A empresa baiana Gautama tem ligação direta com o grupo Sarney. A empresa doou dinheiro para a campanha de Roseana Sarney (PFL-MA) em 1998. No Amapá, conduz obra de construção do Aeroporto de Macapá com vultuosa quantia de mais de 130 milhões conseguida pelo senador José Sarney(PMDB-AP). A obra deveria ter sido entregue em 2006, mas até hoje não foi concluída.
Em 2004, Sarney participou da assinatura da ordem de serviço para a construção do novo Aeroporto Internacional de Macapá com a liberação de R$ 130 milhões. A obra está sendo executada pela Gautama junto com a empresa Beter. Segundo a jornalista Alcinea Cavalcante, do Amapá, os recursos teriam sido liberados também por emenda do senador José Sarney.
Em 2006, ano em que deveria ter sido terminada, a obra recebeu mais verba, após parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Senado Federal. O total liberado foi de R$ 1 milhão. A liberação foi dada mesmo com o aviso do Tribunal de Contas de que a execução das obras apresentava irregularidades graves.
A ligação entre a empresa e a oligarquia Sarney é citada também na matéria da revista Época (18/03/2002) intitulada com a declaração de Jorge Murad “Tenho medo de ser preso”. A matéria trouxe a seguinte afirmação: “o elo mais visível entre o dono do cofre maranhense (Jorge Murad) e o setor privado são as construtoras. Representantes das empreiteiras Coesa, OAS e Gautama eram freqüentadores habituais do gabinete de Murad. A Coesa foi a maior financiadora da campanha de reeleição de Roseana, com R$ 300 mil. A Gautama deu R$ 50 mil.


uma imagem

vale mais

que mil palavras!

se é assim,então toma....